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Após mutirão da catarata, idoso fica cego e morre por complicações
Um mutirão de cirurgias de catarata deixou mais de 20 pacientes cegos em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. Os responsáveis pelos procedimentos serão investigados por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. PUB O G1 divulgou que uma das vítimas acabou perdendo a vida depois das complicações provocadas pela infecção no olho. Os filhos de Pellegrino Riatto, de 77 anos, dizem que ele era um idoso cheio de energia, mesmo com a visão fraca de um dos olhos. A reportagem refere que em 20 dias, o aposentado foi operado de catarata, contraiu uma infecção grave, passou 14 dias na UTI e morreu. Ele foi uma das 27 pessoas operadas de catarata no dia 30 de janeiro no hospital municipal. A prefeitura de São Bernardo do Campo contratou o Instituto de Oftalmologia da Baixada Santista para realizar o mutirão. O órgão informou que os pacientes foram contaminados por uma bactéria. No caso de Riatto, a investigação passou a ser de homicídio culposo, quando não há intenção de matar. O G1 destaca que a polícia já sabe que dos 27 idosos operados de catarata, 22 perderam a visão. Onze já foram ouvidos pela Delegacia do Idoso de São Bernardo do Campo. Agora, o oftalmologista que fez as cirurgias, o instituto contratado para o mutirão e a direção do hospital são investigados por outros crimes. “Nós queremos a punição e nós queremos que esse caso não caia no esquecimento pra que ele não aconteça novamente”, conclui Sabrina, filha da vítima. De acordo com a Secretaria de Saúde de São Bernardo do Campo, estão aguardando o relatório que irá apontar as causas da morte, que a Comissão de Sindicância ainda está investigando as cirurgias e que, no momento, mais nenhum paciente está internado. O Instituto de Oftalmologia da Baixada Santista declarou que não tem como se manifestar, pois o paciente foi encaminhado para o Hospital das Clínicas e afirmou que está prestando assistência a dez pacientes que fizeram as cirurgias de catarata no dia 30 de janeiro. A Vigilância Sanitária de São Bernardo do Campo e o Instituto Adolfo Lutz ficaram responsáveis de identificar se a bactéria que cegou os pacientes estava nos instrumentos, no remédio ou no ambiente do centro cirúrgico.
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