Sem saída, Dilma 'fisgou' Temer

Foto: Roberto Stuckert Filho/ PR
Sitiada, a presidente Dilma Rousseff necessitava, a qualquer custo, um integrante do PMDB para assumir a interlocução política entre ela e o Congresso, principalmente a Câmara, onde o presidente, Eduardo Cunha, hoje maior nome da legenda, parece irredutível em relação ao Palácio do Planalto. Dilma procurou Eliseu Padilha, seu ministro da Aviação Civil, ex-PMDB, por orientação de Lula. Padilha recuou e disse “não”. Seria, porque muito entende de política, o homem certo para satisfazer a necessidade urgente da presidente nos contatos políticos com o Congresso. Padilha deve ter pensado muito ou não pensou em nada e disse a negativa porque saber que seria uma tarefa dificílima. Tipo abacaxi. A Aviação Civil é melhor, porque há a tranquilidade de um céu azul tropical. Sem outra escapatória, a presidente arriscou o seu vice, Michel Temer, presidente licenciado do PMDB que, sem alternativa, disse “sim” porque, afinal ele é o vice-presidente e se dissesse “não” Dilma beijaria a lona. Temer agora é também ministro de Relações Institucionais, ou seja, o interlocutor do Palácio do Planalto e quem nele se encontra: a presidente. Resta aguardar para ver como o PMDB se comportará. Se Michel Temer rodopiar, será ele quem beijará a lona. Bem possivelmente, Eduardo Cunha não gostou nada e poderá dar o troco mais adiante. (BN)
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